segunda-feira, 13 de março de 2017

Mafra-Matosinhos-Mafra 2017

Março 2017, dia 11 e 12, altura da última aventura de Inverno desta época 16/17. O destino fazia a bússola a apontar para Norte em direcção a Matosinhos, oportunidade para desfrutar da Sprint 1050, última aquisição do Dream Team, e que esta viagem será uma óptima oportunidade para conhecer melhor a mota, ainda para mais com revisão acabada de fazer em que levou pneus novos. Tempo já com sinais de Primavera, condições ideais para termos um fim de semana inesquecível, até porque pontos de interesse não vão voltar, tanto na ida como no regresso para Sul.    
A saída, como habitualmente deu-se em Mafra, bem cedo, pequeno almoço tomado frente ao convento e com uma neblina matinal partimos.
 A foto da praxe desta vez foi na porta da Tapada de Mafra, e começou da melhor maneira esta viagem com a N9-2, até ao Gradil, estrada revirada que a ST tanto se disponibiliza a dar gozo na condução, mesmo com as malas carregadas a sensação de leveza desta mota é impressionante.
A primeira paragem estava destinada para Rio Maior e as suas Salinas, antes das 9 horas já lá estávamos ainda com as típicas lojinhas de madeira fechadas, é um local muito simpático de visitar. Seguindo o IC2 com pouco trânsito e com bom piso na maioria do trajecto, pouco depois estávamos na Batalha e era hora de beber café e apreciar o bonito Mosteiro da Cidade, majestoso!
De novo na estrada, seguindo pelo IC2, já que esta como todas as minhas viagens são livres de portagens para absorver ao máximo tudo que os Países e localidades onde passo têm para mostrar, nunca entendi aquelas pessoas que viajam seja de carro ou mota e a maior recordação que levam para casa é os raids e linhas da estrada da AE, além do custo agregado a essas vias, principalmente em Portugal.
Até Coimbra fomos com o ritmo aberto, o céu continuava nublado, mas nada de chuva, apenas um vento frio que fez questão de nos acompanhar durante o fim de semana, algumas vezes até bem forte. Aqui é uma paragem obrigatória, o rio Mondego e toda a cidade é magnifica, é uma das minhas top 5 preferidas de Portugal certamente.
De Coimbra ao Porto são pouco mais de cem quilometros, hora e tal, portanto. Optei por seguir e almoçar já na Capital do Norte. Assim que as placas começam a indicar Porto, fica a sensação que tudo muda, como se outro País se tratasse, tudo começa a ser mais verde, o céu mais escuro e a quantidade de comércio à beira da estrada é impressionante, todo o tipo de comércio se vê, em maior ou menor escala, além de que existe um fenómeno interessante, e já não é a primeira vez que me apercebo dele, aqui nesta zona as pessoas conduzem muito devagar, e acreditem que é mesmo muito devagar, se fosse a rondar o limite permitido por lei já seria bom, claro que isso obriga a fazer muitas ultrapassagens, alguns em zonas proibidas a pisar o risco contínuo mas andar a 30/40 kms. por hora numa mota destas é praticamente impossível.
O almoço já foi em Vila Nova de Gaia, num daqueles tascos á beira da estrada onde se come barato e rápido.





No Miradouro da Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia consegue-se seguramente a melhor vista sobre o Porto e o rio Douro, para lá chegar só veículos autorizados ou a pé, mas na descida ao chegar à mota vi um tuk tuk com turistas a subir, numa próxima não deixo a mota tão longe, até porque lá em cima há um estacionamento enorme.
Algumas voltas pela Cidade do Porto, nota-se uma enorme presença de turistas por todo o lado, não há muito trânsito num Sábado à tarde, mas semáforos, sinais de sentido proibido outros de sentido obrigatório, fez-me acreditar mais uma vez que Cidades grandes não são as minhas preferidas.
Sé, Casa da Musica, Avenida da Boavista,
Estádio do Bessa sec. XXI, Castelo do Queijo era alguns dos spots que levava na mente passar para ver e realmente apesar de todas as voltas e voltinhas para os encontrar valeu a pena.
O hotel marcado para esta noite era em Matosinhos junto à praia e foi para lá que seguimos numa altura que a Sprint marcava perto dos 350 kms. Mota estacionada, banho tomado, trocar de roupa e usei o táxi para ir até à Exponor, motivo que me trouxe até ao Norte, o Eros Porto 2017.
Depois de uma noite relaxante, eram sete horas e já espreitava à janela, a noite parecia que tinha sido chuvosa, tudo molhado e aquele céu tão característico junto ao mar no Inverno, mas nada que me desmotivasse para o resto do dia, até porque além da estrada molhada nas primeiras horas, chuva acabou por não haver até chegar a casa.
Com a ajuda do GPS lá saímos de Matosinhos, passando por Rio Tinto, Gondomar e depois aparece a fabulosa N108 que acompanha o rio Douro, e aqui fica difícil gozar ao máximo a estrada já que do lado direito vamos tendo uma visão descomunal sobre o rio, até chegar a Entre-os-Rios onde se atravessa o rio para o lado oposto.
Castelo de Paiva, bonita Vila onde aproveitei para tomar um reconfortante pequeno almoço numa esplanada na praça principal onde se encontra um estacionamento espaçoso exclusivo para motas, cabiam lá à vontade dois carros, pelos vistos aos poucos vai-se abrindo a mentalidade das autarquias para esta situação referente ao estacionamento para motociclos.  
O que vinha a seguir sem esperar acabou por ser um dos pontos altos desta aventura. A estrada que liga Castelo de Paiva a Arouca, a N224 é uma loucura total, são mais de vinte quilómetros de curvas e contra curvas num piso exemplar, tanto na qualidade como no estado do asfalto. Senão fosse a zona estar praticamente toda queimada teríamos aqui um cenário muito acima da média para a prática do motociclismo, mesmo assim deixo uma viva recomendação.
Em Arouca aparecem as indicações para a Serra da Freita, e foi por aí que seguimos, a cascata da Mizarela em Albergaria da Serra era uma referência previamente planeada.

É uma enorme cascata com 60 mts. de altura num dos pontos mais altos da Serra, onde o vento estava poderoso, mas vale a pena aqui uma paragem para apreciar esta maravilha da natureza.
Saindo da Freita, seguiram-se mais umas boas dezenas de curvas até São Pedro do Sul, Vouzela, entretanto fez-se hora de almoço e foi em Tondela no primeiro restaurante com bom aspecto que ele aconteceu, nas mesas ao lado falava-se com alguma tristeza da derrota da equipa de futebol da Cidade na noite anterior frente ao Sporting. Tondela uma cidade com aparente boa qualidade de vida. Já com 350 kms. feitos no período da manhã o que mais uma vez provou que esta Sprint é mesmo uma devoradora de estrada, excelente conforto e um motor com uma suavidade bruta capaz de passar de 8 a 80 em segundos.
Bem almoçado, no relógio indicava 14 horas e o GPS marcava 280 kms. até casa. A partir daqui as paragens seriam as indispensáveis para esticar pernas e repor líquidos quer na máquina como no piloto, a ideia era estar em Mafra antes do anoitecer. Segundo pelo IC2, Coimbra, Pombal, Leiria, Batalha, Rio Maior, Alenquer e aqui voltámos à diversão com a N9 revirada até Torres Vedras, depois Gradil e chegada a Mafra  pelas 18 horas e 858 kms. feitos em dois dias.
Aqui já o Dream Team todo reunido e agora é tempo de pensar já na volta de Abril.


Todas as fotos aqui!

Data : 11 e 12 de Março 2017
Mota : Triumph Sprint 1050 ST
kms. 858
Média consumo : 5.6 lts./100 kms.

Despesas:
Gasolina - 70.75€
Dormida - 35€
Alimentação - 33€
Outras - 35.50€
Total: 174.25€

6 comentários:

  1. Boa noite, Carlos.Descobri este bloque recentemente e estou a segui-lo com interesse.Tenho actualmente uma Tracer 900 de 2015, que pretendo trocar por uma Super Tenere 1200.Já testei uma e gostei bastante da moto, como é para fazer passeios com conforto,algo extensos e com pendura coisa que a Tracer não propociona, apesar do excelente motor que tem.Qual o feedback actual da Tenere, justifica o valor pedido?
    Agradeço desde já, a opinião.

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    1. Boas Miguel!
      A Tracer é uma excelente mota, mas pouco adequada a viagens principalmente pela dureza proporcionada pelo conjunto. A Super Tenere é superior em tudo á 900, e ideal para viajar, tens um conforto acima da média, melhores consumos e um motor com mais pulmão do que a Tracer, especialmente se a carregares com malas a pendura, vais ter resposta do bicilindrico em toda a faixa de rotação, enquanto que a Tracer gosta de andar com rotação mais em cima onde a trepidação se faz mais sentir. Se tiveres orçamento atira-te para a XT1200 sem receios!

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    2. Olá Carlos, mais uma vez...
      Realmente a Tracer deixa a desejar para aquilo que pretendo, tem um design agradável, um bom motor, mas depois fica aquela sensação, que não é uma boa moto desportiva nem turística/trail, ou seja nim. Quanto á Super Tenere, estou a ponderar seriamente em comprá-la (já levo 47 anos em cima e começo a querer mais conforto mas sem abdicar do conceito Trail). Ponderei também a VStrom 1000 (já tive uma 650-K4 durante 9 anos), no entanto não consigo gostar da frente da moto, aquele bico... e a de 2017 é mais do mesmo. Comprei a Tracer no MJ.Paiva e já estou em "negociações" com eles, mas como não quero levar uma grande "cacetada" na venda da Tracer, que tal é o concessionário da Yamaha "Almerindo & Filhos"? - É sempre bom ter um termo de comparação. Embora seja um comentário fora do tópico da viagem, quando vi a imagem do Dream Team, lembrei-me de perguntar.
      Parabéns pelo blogue,está interessante, que continue assim...

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Miguel, deves pensar seriamente na troca.
      Se estás em negociações com o Concessionário do Estoril estás bem encaminhado, pessoal sério que não carrega nos preços das manutenções. Tens também o Botas em Sesimbra, fazem bons negócios e na manutenção são imbatíveis.
      No Algueirão podes fazer bom negócio na troca, mas a nível de oficina é para esquecer, desorganização total e carregam forte nos preços, a título de exemplo na revisão dos 10.000kms. da Tracer faturaram-me 3 horas para mudar óleo, nem filtro puseram novo, e fazer devidas afinações, um autêntico absurdo.

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    5. Olá Carlos
      Já li no face do Tracer Portugal Fans o que se passou. Esta malta das oficinas...muitos ainda pensam que a maioria dos donos das motos são uns tolinhos e continuam a pagar e não "bufam".
      Já estive no Almerindo e estava lá um senhor que deixava muito a desejar em termos de informações bem como achei o concessionário pobre, foi para esquecer. Apesar da Super Teneré ter levado um aumento de 400€, continuo na expectativa que consiga fazer a troca a um preço convidativo.Vou à MotoShow ver outras alternativas mas a prioridade vai ser a Super Teneré.
      Em relação ás oficinas eu tambem estou mal habituado, pois quando tive a VStrom e outras foi sempre no Joao Santos em Queluz que a moto foi assistida. Não parece ser pessoa muito acessivel, mas nunca tive razão de queixa e eu sou um gajo dificil de contentar...
      Não querendo ser "cusco", reparei que tens a Tracer á venda no Stand Virtual, mais um a achar que a moto não corresponde ás expectativas?

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